Reclamações: bancos e operadoras de telecomunicação lideram ranking
Os setores de telecomunicações e bancário lideraram
as reclamações de consumidores no ano passado, segundo informações do boletim
"Consumidor em Números", divulgado nesta segunda-feira (15) pelo
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
De acordo
com o documento, a área representa 18,3% das reclamações totais feitas na
plataforma do consumidor do governo. Em segundo lugar estão os serviços
financeiros, com 14,2% das reclamações. É bom lembrar que o ranking não
pondera o total de clientes das empresas. Logo, empresas com mais clientes
tendem a ter mais reclamações.
O boletim também mostra que entre os assuntos
que mais geraram relatos negativos estão as instituições financeiras e
administradoras de cartão de crédito (26,8%), operadoras de telecomunicação
(26,6%), comércio eletrônico (10%), transporte aéreo (5,5%) e bancos de dados e
cadastros de consumidores (4,4%).
O
relatório aponta uma alta de 427,8% na quantidade de reclamações de serviços de
viagem, turismo e hospedagem – setor afetado negativamente pela pandemia do
novo coronavírus desde o ano passado. O segmento de água e saneamento teve alta
de 280,2% nas reclamações, seguido pelo de energia elétrica, que subiu 249,2%.
O ano
passado trouxe um recorde quando o assunto é a análise da segurança dos
produtos, sendo que mais de 75 mil foram analisados, incluindo brinquedos,
cerveja, alimentos, medicamentos e peças automotivas – o maior número nos
últimos 10 anos, representando um aumento de 300% em comparação com 2019. Em
2020, 129 produtos passaram por recalls, a maioria no setor automotivo, seguido
por medicamentos.
Ao todo,
segundo o ministério, foram registradas mais de 3 milhões de reclamações nos
órgãos governamentais oficiais. "Mais de 1 milhão de reclamações
registradas no portal consumidor.gov.br no ano passado tiveram atendimento no
prazo médio de até 8 dias. Cerca de 78% das demandas foram solucionadas",
diz o documento. O órgão afirma que os Procons integrados ao Sindec realizaram
mais de 2 milhões de atendimentos em 2020, com "índice médio de solução
também de 78%".
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