Derrota de Pernambuco: Klabin vai construir fábrica de embalagens no Ceará




Pernambuco amarga mais um golpe na sua já capenga economia. Envolvido numa disputa com a Bahia e o Ceará, o estado perdeu para os cearenses a preferência da Klabin para construir uma indústria de embalagens.

A Klabin S/A – maior empresa brasileira de papel e celulose – acertou, oficialmente, com o Governo do Ceará a instalação de uma indústria de embalagens no município de Horizonte, na região metropolitana de Fortaleza.

O empreendimento consumirá investimentos de mais de R$ 500 milhões de deverá contratar mais de mil trabalhadores, segundo informou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará-Fiec, Beto Studart.

A Klabin já adquiriu, por US$ 48 milhões, o terreno onde a fábrica será construída.

A fábrica de embalagens da Klabin estava sendo disputada pelos governos da Bahia e Pernambuco, que, assim como o Ceará, têm polos importantes de fruticultura, setor que absorverá boa parte da produção da Klabin em Horizonte. O fato é que a oferta daquele estado foi mais atraente e representa um baque para a economia pernambucana.

A defesa da construção da fábrica no Ceará teve à frente o próprio governador Camilo Santana e o titular da secretaria estadual de Desenvolvimento, Maia Júnior, vencendo a disputa com os outros dois estados nordestinos que pleiteavam a instalação da unidade fabril, Pernambuco e Bahia.

Não se sabe como foi a atuação dos representantes do governo Paulo Câmara, que até agora não se pronunciaram oficialmente sobre a derrota, nem se o próprio governador participou da articulação derrotada.

Um representante da Federação das Indústrias do estado de Pernambuco-FIEPE, que não quis se identificar, lamentou que a indústria pernambucana “sente saudades” da força e do poder de articulação do ex-governador Eduardo Campos, o que “não encontramos mais com Paulo Câmara”, sentenciou. 
  
A chegada da Klabin S/A no Ceará trará vários benefícios, o primeiro dos quais será o acirramento da concorrência. Hoje, o Ceará tem apenas uma fábrica de embalagens – a da Rigesa, que, sendo dona exclusiva do mercado, pode impor seus preços.

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