“Paulo Câmara matou o Pacto
pela Vida e não é uma continuidade de Eduardo Campos”, diz irmão de Eduardo
Campos e filho de Ana Arraes
O
pré-candidato ao Senado pelo Podemos, Antônio Campos, irmão do falecido ex-governador
Eduardo Campos e filho da ministra do TCU e ex-deputada federal Ana Arraes,
afirmou que o governador Paulo Câmara (PSB) “matou o Pacto pela Vida e não é um
governo de continuidade na política e na gestão de Eduardo Campos”.
As
afirmações foram feitas por ele em uma entrevista concedida esta semana ao
programa Cidade em Foco, apresentado por Alberes Xavier, na Rádio Filadélfia FM,
de Taquaritinga.
Ele
disse que é um equívoco imaginar que Paulo Câmara deu continuidade aos projetos
de Eduardo Campos e cita o Pacto pela Vida como um exemplo: “Porque o Pacto
pela Vida é mais do que o investimento financeiro. Ele (também) é gestão e
monitoramento”.
Ele
responsabilizou Paulo Câmara pelo aumento vertiginoso da violência em
Pernambuco, porque o governador “descuidou (do programa) desde o início do seu
governo e saiu do controle dele a gestão da segurança”. De acordo com Antônio
Campos, “...não adianta o governador só terceirizar e dizer que é um problema
nacional. É um problema dos governos estaduais e (no caso de Pernambuco) de
gestão”.
Antônio
Campos acusou, ainda, o governador de falta de gestão na questão fiscal do
Estado ao “colocar Pernambuco em 2017 no pior desempenho fiscal em relação aos
governos de todo o Nordeste”. Ele disse que, também nesse aspecto, não cabe a
Paulo Câmara “terceirizar para o governo Temer e alegar perseguição de Temer,
porque faltou também gestão em relação à questão financeira, colocando
Pernambuco na pior posição em déficit fiscal entre os estados do Nordeste”.
Antônio
Campos aponta que um dos indícios do desespero do governador com relação à
sucessão estadual é sua movimentação para barrar a candidatura de Marília
Arraes, do PT, que estaria se viabilizando e provocando o risco de um segundo
turno. “Esse posicionamento de Paulo Câmara e do grupo político dele preocupa o
Palácio do Governo, que ‘tá’ num jogo de vale-tudo para, na truculência, tirar
a sua pré-candidatura ao governo do estado de Pernambuco”.
Ele
disse, ainda, que o governador “abandonou o Agreste, o que levou a cidade de Caruaru
a registrar um dos maiores índices de violência do Estado”.
Antônio
Campos acredita numa vitória da oposição na sucessão estadual e afirma
categoricamente: “Se a oposição souber se articular e fazer o discurso correto,
ganha essa eleição em 2018”.
PRIVATIZAÇÃO DA
ELETROBRAS – Antônio
Campos afirmou que tem convergências e divergências com o bloco das oposições e
que já explicitou isso ao senador Armando Monteiro e, principalmente, ao ministro
das Minas e Energia Fernando Filho, em especial por conta do processo de privatização
da Eletrobras, do qual é contrário. Ele afirmou que nesse aspecto diverge do
grupo, o que revelou “politicamente e através de procedimentos judiciais, tanto
para suspender a privatização quanto para anular o voto da Eletrobras na
assembleia da Chesf”. Antônio Campos destaca que “não faz sentido privatizar a
Chesf, que é superavitária” e que o governo pretende unicamente privatizar a
Eletrobras para fazer caixa e “tentar fechar o ajuste fiscal do segundo semestre”.
Recentemente,
Antônio Campos também entrou com uma ação popular para suspender o aumento das
tarifas de energia. De acordo com ele, “os aumentos da Celpe desde a
privatização foram superiores à inflação e essa privatização nem diminuiu a
conta para o consumidor nem melhorou a prestação de serviço a esse consumidor”.
Da
mesma forma, “a privatização da Eletrobras e da Chesf certamente não trará benefícios
ao cidadão brasileiro, nem ao povo pernambucano”, finalizou.
Da Redação
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